top of page
Foto do escritorNayara Reynaud

DIRTY COMPUTER e DONA DE MIM | Donas de si e do futuro na música

Atualizado: 26 de ago. de 2020


Capas dos álbuns Dirty Computer (2018), de Janelle Monáe, e Dona de Mim (2018), de IZA | Fotos: Divulgação

A última sexta-feira de abril (27) reservou dois lançamentos cuja potência musical e de reafirmação podem fazer qualquer um já apontar que os novos álbuns da norte-americana Janelle Monáe e da brasileira IZA estarão, no mínimo, entre os destaques do ano de 2018 em várias listas daqui a alguns meses – quanto às premiações, nunca dá para saber. Porém, se o último Grammy teve suas preferências e atenções divididas entre o revival do funk e soul dos anos 80 de Bruno Mars e o discurso contundente e relevante do rapper Kendrick Lamar, polemicamente tendendo para o primeiro nos prêmios especiais, Dirty Computer (2018) une essas duas pontas com o trabalho já consolidado de Monáe em seu afrofuturismo do século XXI para abordar de forma mais direta – e ainda reforçada em seu filme homônimo – suas bandeiras feministas, de diversidade, liberdade sexual e contra o racismo. Por aqui, IZA pode não apresentar a mesma maturação nas letras de seu disco de estreias, Dona de Mim (2018), embora traga o mesmo espírito de empoderamento da cantora internacional nelas, porém, consegue exibir uma maturidade musical, em fusão de ritmos, melodia e sua voz sabidamente poderosa, que é muito bem-vinda ao pop nacional. Saiba mais a seguir:

 

Antes de o afrofuturismo ficar mais em evidência ao invadir as telas com Pantera Negra (2018), a ideia subversiva contra o racismo de colocar negros à frente de imaginações futurísticas sempre fez parte do trabalho de Janelle Monáe, que muito se inspirou nas raízes do movimento dentro da música, com a mistura de sons afros e música progressiva do jazzista Sun Ra nos anos 1950 e, particularmente, com as bandas irmãs setentistas de funk Parliament e Funkadelic. Se agora, com o álbum conceitual e o filme conjunto Dirty Computer, seu estilo e mensagem encontram mais eco em um contexto paradoxal no qual o preconceito levanta cada vez mais sua voz enquanto as discussões raciais e de gênero surgem mais na mídia, a bem da verdade, seu discurso mais direto de hoje faz mais sentido com o resgate de toda a sua carreira que, por toda a sua idiossincrasia, sempre foi relegada mais a uma cena alternativa dentro do R&B contemporâneo.

Como uma Dorothy pegando a sua Estrada de Tijolos Amarelos, a jovem Janelle saiu de seu cenário desolado no Kansas para estudar Teatro em Nova York, uma formação vista pelo grande público nos cinemas, com sua atuação nos premiados Moonlight: Sob a Luz do Luar (2016) e Estrelas Além do Tempo (2016). No entanto, a obra de Monáe sempre foi cinematográfica em sua “música de ficção científica”, no seu funk psicodélico misturando soul, R&B e hip hop com glam rock, art pop e até arranjos típicos de trilhas sonoras de filmes do gênero. Se liricamente e até visualmente em seus videoclipes, é identificável a influência cyberpunk e dos livros de Philip K. Dick que inspiraram tantos longa-metragens e séries, a obra-prima do expressionismo alemão Metrópolis (1927) foi quem mais serviu de referência para a artista criar a sua própria franquia musical de álbuns conceituais distópicos.

Sim, porque desde o seu primeiro EP, Metropolis: The Chase Suite (2007), ela começou a contar a história da “androide número 57821, também conhecida como Cindi Mayweather”, como já é apresentada na faixa de abertura March of the Wolfmasters, que se apaixona pelo humano Anthony Greendown e é perseguida por isso. Passados 80 anos do filme de Fritz Lang, usava o imaginário do clássico para criar sua própria distopia e falar de um futuro para dizer sobre a falsa liberdade do presente no single Many Moons, enquanto também cantava sobre o seu Kansas em Sincerelly, Jane e fazia um cover de Smile de Charles Chaplin. Já tendo a dupla Chuck Lightning e Nate Rocket Wonder como produtores e compositores, o disco fazia uma viagem rítmica dos anos 60 aos 2000, seguindo a esteira do Outkast, duo de hip hop formado por André 3000 e Big Boi – este último de quem se tornou amiga ao se mudar para Atlanta em 2001 –, e permitiu que a cantora abrisse a turnê de verão do No Doubt em 2009 – o que faz muito sentido nas similaridades da voz, teatralidade de interpretação e estilo pop psicodélico dela com o de Gwen Stefani, seja como vocalista da banda de ska punk ou na carreira solo.

Continuando a sua série musical com as suítes II e III – como se chama um conjunto de movimentos instrumentais na música clássica – e se apropriando ainda mais da figura androide de Metrópolis com o visual da Maschinenmensch inspirando a capa, lançou The ArchAndroid (2010) já tendo planos de fazer um videoclipe para cada música ou um filme para este momento em que seu alter ego Cindi se torna uma figura messiânica em seu primeiro álbum. A ideia não se concretizou, mas seus principais hits a colocaram em destaque nas paradas, assim como seus videoclipes: do maior sucesso de sua carreira que tem o amigo Big Boi como “feat”, Tightrope, mostrou sua dança em uma sociedade que a proibia, enquanto na simplicidade do vídeo de Cold War, com um plano único em seu rosto, trouxe na sua interpretação toda a dor de ser o “Outro”, de se sentir marginalizada(o) em qualquer momento de sua vida. No disco, a artista também passou a passear mais por outras influências: além da balada Sir Greendown que parece saída dos anos 50 e Locked Inside, da fase Off The Wall (1979) de Michael Jackson, assim como alguns arranjos bebem das trilhas de filmes do James Bond, há quase a psicodelia lisérgica de I Am the Walrus dos Beatles em Mushrooms and Roses, floreios latinos entre as rimas de hip hop de Dance or Die, o encontro de Lauryn Hill com Simon and Garfunkel em Oh, Maker, com a sonoridade folk da dupla ainda mais presente na folclórica 57821, e o aspecto robótico se mesclando a sons orientais e gospel em Wondaland, faixa que tem o mesmo nome de seu selo independente.

A compositora prefere, então, remontar às origens de Mayweather no álbum seguinte, fazendo de The Electric Lady (2013) um prequel da história da ciborgue, embora cada vez mais a robô se misture com a própria Janelle no eu lírico das músicas. Contendo as suítes IV e V e uma estrutura de inserções de rádio nos interlúdios, as canções mergulham no soul e R&B setentista e oitentista, com a artista bebendo mais de suas referências anteriores, como Michael Jackson em We Were Rock and Roll, It's Code, I Can’t Live Without Your Love e Parliament / Funkadelic em Ghetto Woman, que também remonta a Stevie Wonder; ou dando a elas uma pegada mais rock, mesmo na gospel Sally Ride ou na balada Primetime, dueto com o cantor Miguel. Há um toque de bolero em Look Into My Eyes e o ar 007 nas suítes instrumentais, de swing e new wave em sua Dance Apocalyptic e de jazz latino em Dorothy Dandridge, homenagem que ela e Esperanza Spalding fazem à primeira atriz negra a ser indicada ao Oscar. Com cada vez mais rap nas músicas, seguindo um estilo de rima a la Left Eye do TLC e Lauryn Hill – desta também se assemelhando na parte melódica em faixas como Victory –, especialmente, nos singles com Solange, Eletric Lady, e Erykah Badu, Q.U.E.E.N., nem precisaria da participação de Prince em Givin Em What They Love para perceber sua influência no disco, que fecha com What An Experience introduzindo um som mais oitentista / noventista que marcaria seu próximo trabalho.

Todo esse resgate é para dizer que por mais que a cantora afirme que Dirty Computer é sobre ela mesma e não a Cindi, que deseja revelar a Janelle, pois a androide já teria sido revelada, o conhecimento sobre seus trabalhos regressos – com exceção do raro álbum demo The Audition (2003) – serve para mostrar que ela não se desassociou totalmente de seu alter ego. As faixas agora levam seu nome, como a transição Jane’s Dream e Django Jane, mas no rap desta última há a citação à ArchAndroid, assim como o contexto religioso está nas divindades de todas as religiões faladas por Stevie Wonder no interlúdio Stevie's Dream, e na imagem messiânica de Monáe na capa do álbum. No entanto, se ainda restasse dúvidas, o emotion picture Dirty Computer (2018), um filme de 48 minutos que acompanha o disco, as encerra colocando a artista como uma robô chamada Jane, mas que tem igualmente o 57821 como número de identificação, para atestar que esta relação é mais intrínseca, tal qual David Bowie e suas personas.

A figura andrógena do artista, aliás, povoa o vídeo dirigido por Andrew Donoho e o velho parceiro Chuck Lightning, que também escreve o roteiro a partir de ideias e conceitos dela, do também parceiro de longa data Nate Rocket Wonder e do diretor de seus clipes anteriores, Alan Ferguson. Além dessa semelhança conceitual em relação aos alter egos e até a influência musical da era Young Americans do cantor, a ideia de borrar os limites entre gêneros reforça o discurso de liberdade sexual que Monáe prega mais claramente agora do que antes, quando esta questão ficava mais implícita dentro de uma mensagem mais forte contra o racismo. Assumindo-se como uma diva black queer, Janelle novamente se faz valer da forma androide como representação do “diferente” e do preconceito que uma pessoa assim considerada pela sociedade sofre.

Na narrativa visual, ela aborda a sua bissexualidade na pele de Jane 57821, que se apaixona por Zen, vivida pela atriz de Creed: Nascido para Lutar (2015) e Thor: Ragnarok (2017), Tessa Thompson – talvez, a companheira da cantora na vida real, segundo especulações –, e Ché, interpretado por Jayson Aaron. Mas seu poliamor é condenado neste futuro distópico, no qual é considerada um “computador sujo” por mostrar-se diferente das normas vigentes e se opor a elas, sendo, por isso, “formatada”. O público assiste às memórias, sonhos e delírios dela, enquanto são limpas, em uma sucessão de videoclipes musicais que se unem nesta trama do filme, que adota uma estética oitentista, desde o filtro, elementos e interferências típicos de VHS aos figurinos coloridos e trilha sonora complementar, com sintetizadores a la Vangelis para Blade Runner (1982).

Embora os anos 80 sejam também marcantes no álbum em si, a construção musical de Dirty Computer é mais ampla, abarcando sonoridades de outras décadas e origens, começando pela faixa-título que conta com a participação de Brian Wilson, fundador dos Beach Boys, trazendo as harmonias que caracterizaram o grupo sessentista para abrir o disco. Falando em colaborações, o DNA de Pharrell Williams fica evidente em I Got The Juice, a primeira que toca no vídeo, no rádio do carro das memórias da androide, puxando para o momento Crazy, Classic Life, com uma festa e Santa Ceia alternativas, em que o figurino de Jane parece uma amálgama da Madonna de Like a Virgin e de Procura-se Susan Desesperadamente (1985). Da mesma maneira, os versos vêm desse mesmo berço da diva e de sua companheira oitentista Cyndi Lauper, junto desse revival da época buscado pelo indie pop contemporâneo, porém o refrão e o rap seguem o caminho de Kendrick Lamar e, junto ao sermão do Dr. Sean McMillan evocando Martin Luther King e a Declaração de Independência dos Estados Unidos, destacam a disparidade social no país, onde os negros não tem o direito de “quebrar as regras” como os brancos.

Essa ponte musical entre a “década perdida” e seus frutos atuais aparece também em Take a Byte, na mistura de Prince com MGMT e outros de synth pop dessa passagem para os anos 2010, e Screwed, no mix que a faixa que divide com Zoë Kravitz faz do pop de Lauper e The 1975, de falas no estilo Vogue de Madonna – um recurso que Janelle já usava costumeiramente em outras canções – e do rap falando de fake news, Matrix e Trump. Tanto no álbum quanto no vídeo, Screwed faz esta transição entre uma curtição adolescente inconsequente para o “papo reto” de Django Jane que, no seu hip hop com cordas, rima sobre sua própria carreira, enquanto traça um atestado de reafirmação da mulher inúmeros versos poderosos, a exemplo do seu monólogo da vagina: “Let the vagina have a monologue / Mansplaining, I fold em like origami”. Do seu palácio escondido, a história vai para o deserto rosa de Pink, onde o figurino de vaginas e calcinhas estilizadas do clipe só intensificam a mensagem “girl power” da canção, que sampleia a música homônima do Aerosmith e encontra na colaboração com a canadense Grimes o art pop e a chill music que tanto se integra ao indie e R&B contemporâneo.

O modo como se mostra bem resolvida consigo mesma nas duas faixas / videoclipes anteriores prepara o terreno para a sensual Make Me Feel, aquela em que a mão de Prince, que chegou a trabalhar com Monáe no início do álbum antes de falecer em 2016, é mais clara: além de se assemelhar muita ao sucesso Kiss do cantor, ainda aprofunda o discurso de sexo livre na narrativa visual, correndo ao encontro de Zen e Ché no cenário futurista de uma boate cyberpunk. Trilhando algo que soa mais próximo da Rihanna, I Like That volta a um aspecto mais pessoal com a rapper lembrando do preconceito na escola enquanto a compositora aceita sua contradição – “guess I’m factual and fiction” –, representada nas múltiplas Janelle’s no clipe. O filme segue com a lembrança do romance a três à beira-mar sendo embalada pelo instrumental de Don’t Judge Me, faixa em que revela essa dicotomia de aceitação gerada pelo seu alter ego, ao dizer ter “medo que você ame apenas meu disfarce” – o sentimento continua no medo de amar da balada rock gospel So Afraid que vem na sequência do disco.

O tom confessional dá lugar à ironia na crítica à sociedade norte-americana – os tais zumbis que a artista citava nas composições antigas – e seu conservadorismo de Americans, em que junta Let's Go Crazy do Prince, a já citava influência falada de Madonna e o gospel para apontar este ultrapassado “the american way of life”. O sermão do Reverendo Sean McMillan volta fechar a última faixa, que também encerra o média-metragem Dirty Computer, após um final dramático e enigmático, na cena pós-créditos, elencando a desigualdade e preconceito que atinge as mulheres, homossexuais, negros, brancos pobres e latinos no país, afirmando que “This is not my America”. Pode parecer semelhante ao discurso que repercutiu muito na internet com o videoclipe de This Is America, de Childish Gambino, nome artístico que o ator Donald Glover adotou em sua carreira musical, mas a atitude de Monáe é diferente: ao dizer que “esta não é sua América”, faz das cicatrizes do passado e dos pesadelos do presente uma escada para construir um futuro que possa, sim, ser utópico, apesar de tudo indicar o contrário.

Dirty Computer tem todos os ingredientes para se tornar um álbum definitivo para o neo soul, assim como o Miseducation of Lauryn Hill fez 20 anos atrás, já que Janelle também desafia qualquer rótulo, como a mesma desafia em Q.U.E.E.N., basta saber se todos vão provar a sua mistura única no meio de tantas ofertas mais chamativas na grande feira midiática desses tempos de Spotify e YouTube.

 

Dirty Computer (2018)

Artista: Janelle Monáe

Duração: 48:42 (14 faixas)

Gravadora: Wondaland / Bad Boy / Atlantic (WMG)

 

É curioso que o aguardado álbum de estreia da carioca IZA tenha sido lançado no mesmo dia que o novo trabalho de Janelle Monáe, especialmente quando uma das prováveis músicas de trabalho do disco, até porque Corda Bamba conta com a participação especial de Ivete Sangalo, evoca o maior hit da cantora norte-americana, não só pelo título, mas pela pegada funkeada de Tightrope que se funde com o jazz do saxofone e as batidas de Problem da Ariana Grande na faixa. A canção também evidencia como a brasileira, que já havia chamado a atenção por sua voz nos singles e covers anteriores, ainda não tem a mesma elaboração lírica de Monáe, mas bebe da mesma fonte dela, ao ligar Lauryn Hill a Negra Li no seu caldeirão rítmico de Dona de Mim que a diferencia e destaca sonoramente dentro do cenário pop nacional – o passeio constante pelo trap e a atitude até lembram o trabalho da rapper Karol Conka, mas, de certo modo, ela soa mais acessível ao grande público. No entanto, por mais que as letras pesem por certa repetição e por seguirem o caminho de um pop mais fulgás, nas temáticas de valorização da música e sexual, a artista proclama o mesmo senso de pertencimento, de propriedade de si, seu corpo e seu espaço, de poder e de otimismo.


A primeira vertente fica evidente nas faixas iniciais, que concentram todas as participações do álbum, já abrindo com a capoeira de Ginga, que também tem um ar latino de reggaeton e o rap de Rincon Sapiência. O hit Pesadão, sucesso desde o ano passado, traz o vocalista d’O Rappa, Marcelo Falcão no seu reggae com toques eletrônicos, mais no estilo jamaicano de dancehall, além das percussões afro-brasileiras. A influência cada vez maior do trap no hip hop nacional e sua mistura com o funk brasileiro, promovida por nomes como Tropkillaz – e que faz a nossa cena mais próxima do grime britânico no seu mergulho em sons eletrônicos, embora não tenha um BPM tão rápido, do que o rap norte-americano –, vem mais forte em Bateu, que conta justamente com o DJ de trap e funk Ruxell, na pop Rebola, com Carlinhos Brown e da cantora drag queen Gloria Groove, e que surge vez ou outra no decorrer do disco.

O miolo dele mergulha em um clima sensual, dentro do funk pop e funk melody, lembrando suas colegas de gênero Ludmilla e Anitta em Engano Seu e Saudade Daquilo, enquanto fala abertamente de sexo nas letras, como de É Noix, um dueto com Thiaguinho que tem toques de samba nos acordes de cavaquinho e cuíca entre as batidas eletrônicas. Entretanto, se Toda Sua faz esta ponte entre Ludmilla e Fat Family, as duas faixas seguintes mergulham mais no R&B, seja acústico na balada desamparada e provocativa Você Não Vive Sem, que tem até encerramento com cordas, ou na sonoridade mais anos 90 e 2000 do gênero na faixa-título Dona de Mim. O trio de encerramento volta a uma viagem sonora mais ampla, no mix de sons latinos e do angolano kuduro de Lado B, no jazz sexy e trip hop de No Ponto, com a cantora guiando o ouvinte para seu Ponto G, e na volta do trap percussivo em Linha de Frente, em que IZA, nascida Isabela Lima e criada no subúrbio carioca de Olaria, reafirma sua origem e força do gueto que nunca vai sair dela.

 

Dona de Mim (2018)

Artista: IZA

Duração: 42:24 (14 faixas)

Gravadora: WM Brazil (WMG)


#Música #análise #álbum #JanelleMonáe #DirtyComputer #afrofuturismo #PanteraNegra #soul #neosoul #funk #funkrock #RB #funkpsicodélico #hiphop #glamrock #artpop #trilhasonora #cyberpunk #Metrópolis #ficçãocientífica #distopia #futurista #androides #MetropolisTheChaseSuite #57821 #CindiMayweather #alterego #TheArchAndroid #messiânica #gospel #folk #TheElectricLady #bolero #jazz #latinmusic #anos80 #anos70 #anos2000 #anos60 #anos50 #videoclipe #Cinema #AndrewDonoho #ChuckLightning #NateRocketWonder #AlanFerguson #TessaThompson #JaysonAaron #preconceito #racismo #sexualidade #bissexualidade #LGBT #queer #poliamor #EUA #VHS #BrianWilson #BeachBoys #PharrellWilliams #indiepop #SeanMcMillan #ZoëKravitz #DonaldTrump #synthpop #feminino #machismo #Grimes #chillmusic #rock #Prince #DavidBowie #Madonna #StevieWonder #MichaelJackson #LaurynHill #Parliament #Funkadelic #KendrickLamar #religião #IZA #DonadeMim #funkbrasileiro #pop #trap #IveteSangalo #capoeira #reggaeton #rapnacional #RinconSapiência #reggae #dancehall #EDM #grime #Ruxell #CarlinhosBrown #GloriaGroove #Thiaguinho #samba #kuduro #triphop #periferia

0 comentário

Posts Relacionados

Ver tudo
bottom of page